- Opinião: Como fazer o futuro da nossa juventude.
- Nas últimas décadas diversas e profundas transformações sociais ocorreram. No caso dos jovens, estes estão sendo os mais afetados. Altamente articulados com as novas tecnologias de comunicação e de informação, isso gerou mudanças nas relações sociais e se tornou um desafio a ser enfrentado. Este é apenas um exemplo. Cabe, portanto, indagar quais perspectivas há para sua formação e inserção em uma vida social e profissional no presente e no futuro próximo. Presenciada em nosso cotidiano, essa nova relação complexa influencia diretamente, dentre outras, nas relações da educação e do trabalho, pois, diante da imensa disponibilidade tecnológica de relacionamentos e lazer, o tempo que deve ser ocupado produtivamente acaba sendo substituído, gerando, consequentemente, lacunas imensas na formação e desenvolvimento social e profissional do jovem. Aí entra o bordão popular: Cabeça vazia, oficina do diabo. Em razão disso é que o ócio proporcionado pelas novas tecnologias além de ser visto como improdutivo, o é também como danoso, principalmente para essa camada da sociedade.
- A grande questão é como promover a formação do ser num contexto marcado pela valorização excessiva das novidades tecnológicas? Diferentemente da educação ou formação tradicional do passado, onde preponderava a transmissão das tradições e experiências do mais velho ao mais novo, não precisamos na atualidade encher o aprendiz com informações e memorizações, mas instiga-lo a ser eficiente e criativo, privilegiando e incentivando a sua produtividade e eficiência. Contudo, mesmo nesse novo processo de transformação não se pode abrir mão de enfatizar limites, contornos e consequências, pois não se pode pensar ou planejar um futuro sem tomar conhecimento dos erros e acertos do passado. Em síntese, a formação atual implica fundamentalmente num preparo do jovem para a vida e não somente em oferecer meros subsídios funcionais. Assim agindo, estar-se-á possibilitando a construção de um projeto por si e para si, garantindo a necessária autonomia. Ganham assim os jovens e a sociedade como um todo. Por Cláudio Tonol – Multiplic
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